sábado, 29 de outubro de 2011

Saúdem-se uns aos outros

Olá Bom dia a todos, e um ótimo final de semana.

Venho hoje compartilhar um texto que li no jornalzinho da Paróquia Espírito Santo em São José dos Campos. Veja abaixo:

A Igreja que se reúne nas casas, paz!

Introdução: Um dia você encontra um(a) irmão(ã) de célula enquanto caminha pela rua e deseja cumprimentá-lo(la) de maneira afetuosa. Então você pensa: "Nossa, como é bom encontrar com um(a) companheiro(a) de célula!" Você o(a) cumprimenta, mas ele(a) não responde ao seu animado cumprimento. Você pensa: "O que aconteceu, por que ele(a) não respondeu à minha saudação? Ficou surdo? Está preocupado(a) com algum problema? É orgulhoso(a)? Não gosta de mim?" Seja qual for a verdadeira razão, você ficou magoado(a) e aquela pessoa acaba de lançar uma sementinha de irritação e discórdia no seu coração. Por isso, o mandamento da Palavra de Deus é: "Cumprimentem uns aos outros com um beijo de irmão" (I Coríntios 16,20). Paulo sempre fazia questão de mandar saudações da Igreja onde ele estava para a Igreja a quem se destinava suas cartas - I Coríntios 16, 19-20; Romanos 16,22; Atos 21,7.

Jesus reclamou que não foi saudado pelo seu anfitrião: "Você não me beijou quando eu cheguei; ela, porém, não pára de beijar meus pés, desde que entrei." (Lucas 7,45). O beijo que aparece nestes textos tem um sentido cultural no Oriente, um aperto de mão, um abraço ou um gesto semelhante tem o mesmo sentido. Os costumes variam de um lugar para outro; mas o princípio que não muda é o seguinte: os cristãos devem valorizar a presença uns dos outros, como presença do próprio Senhor.

Como vivermos o mandamento da saudação em Cristo:

1 - Devem ser pessoais e havendo possibilidades individuais (III João 1,15).

2 - Devem ser oferecidas com imparcialidade (I Coríntios 1,2-3). Não devemos saudar somente as pessoas que nos são simpáticas.

3 - Comunicarmos, quando viável, reconhecimento e apreço pelo trabalho que a pessoa faz (Romanos 16,12).

Existe alguém que não devo cumprimentar?

A Bíblia diz que sim. A saudação deve ser negada às pessoas, que se dizendo irmãos, estejam ensinando doutrinas contrárias a fé no Evangelho (conforme II João 1,9-11), pois quem os saúda torna-se participante das suas obras malignas.

Em que sentido o mandamento de saudar sinceramente a todos melhora o relacionamento entre os(as) irmãos(ãs) da célula?

O valor deste mandamento é grande para ajudar a se criar um ambiente de amor e afeto entre os irmãos. Praticando-o de maneira constante e coerente, a célula e toda paróquia ficará mais unida e ganhará maior ânimo para expressar de muitas maneiras o seu mútuo amor em Cristo.

Perguntas para reflexão:
1- A sua célula é afetuosa, todos se saúdam? Se sim, o que isto faz a todos? Se não, por que isto acontece? (Não faça acusações ou julgamentos).
2- Tenha o hábito de saudar a todos? Se não o faço, como posso mudar minha atitude?

Um abençoado Sábado a todos!
Um forte abraço!
Rodolfo

sábado, 8 de outubro de 2011

A benção por Pe. José Francisco Schimitt, scj

Olá, boa noite a todos!

Neste tópico venho compartilhar um texto escrito pelo Padre José Francisco Schimitt do Sagrado Coração de Jesus. Veja abaixo.

A benção

Benção vem da palavra bem. Aquele que todos almejam, pois o ser humano foi criado para o bem. Fonte e origem de toda benção é Deus, bendito acima de tudo, que fez todas as coisas para cobrir de bênçãos as suas criaturas e que, mesmo depois do pecado do homem, sempre as abençoou em sinal de misericórdia. Deus Pai, o Sumo Bem, abençoou-os com toda benção espiritual em Jesus cristo, como Filho unigênito feito homem. Jesus é a benção máxima de Deus Pai. Ele apareceu no Evangelho, abençoando os irmãos, principalmente os humildes e os pobres, e dirigindo ao Pai a oração da benção. Esse é o primeiro e fundamental sentido da benção. Aqui, o termo abençoar tem Deus como sujeito, indica a sua contínua comunicação salvadora, e portanto, o dom do seu amor, da sua misericórdia, da sua paz.

O segundo sentido da benção deriva da primeira: invocar o favor de Deus, a sua palavra criadora e santificadora para abençoar uma criatura ou coisa. Confira em Gn 9,26-27 e 1Cor 10,16. Aqui o termo tem por sujeito o próprio ser humano, indica a atitude (louvor, adoração, invocação, agradecimento) com que esse acolhe a comunicação que Deus faz de si mesmo e a criatura colocando-se na condição para receber a graça salvífica.

A partir desa compreensão, a Igreja, investida da autoridade de Cristo, abençoa com ritos especiais (palavras e gestos) pessoas e objetos. Ou seja, abençoa alguém ou alguma coisa. Faz em nome de Deus, o único que pode abençoar, isto é, coloca o movimento da própria vida no mistério da bondade de Deus. E mais: quando a Igreja abençoa objetos e lugares relacionados com a vida humana, tem sempre presente o ser humano que utiliza aquelas coisas e atua naqueles lugares e o homem compromete-se a fazer tal uso das coisas criadas para que só o conduzam a procurar Deus, amar a Deus e a Deus servir fielmente.

Pe. José Francisco Schmitt, scj.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Eles verão a Deus

Olá, boa noite!

Venho neste tópico, apresentar um texto que li no jornal de comunicação da paróquia aonde participo. Segue texto abaixo.

Um dos grandes desejos do ser humano é tomar consciência, ver com os próprios olhos tudo que está fora de si, contemplar o universo desde a beleza do céu estrelado, a delicadeza dos lírios do campo, a imensidão do oceano, e contemplar com os olhos da fé o mundo interior onde ele constrói a sua vida. Os autores de espiritualidade e os psicólogos, que para serem tais devem ser místicos, dizem que os cinco sentidos humanos (visão, audição, tato, paladar, olfato) são as janelas pelas quais o mundo entra em nós e através das quais podemos ver o mesmo mundo. Jesus, sempre prático e atento à realidade que o circunda, oferece-nos as bem-aventuranças como caminho de vida e de experiência humana (Mt 5,1-11). São uma síntese poderosa de teologia e de antropologia.

Particularmente interessante é a bem-aventurança que diz: "Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8). Essas palavras de Jesus provocam uma série de questionamentos e interrogações, principalmente ao ser humano da pós-modernidade, doente de cientificismo, que tudo quer provar e constatar. Os cientistas e positivistas são sempre desafiados por Jesus na própria incredualidade, como aconteceu com Tomé: "Coloque o seu dedo no furo dos pregos e na ferida do meu peito". Alguns refutam: "Como é possível ver com o coração?". Porém não é por acaso que a Bíblia diz que os olhos vêem as aparências e que Deus nos deu um coração para pensar e ver.

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." É sabedoria popular de o Pequeno Príncipe (livro de Antoine de Saint Exupéry, escritor francês) e de todos os pequenos e pequenas princesas que percorrem o caminho da simplicidade. É preciso descomplicar para perceber a presença de Deus na beleza do cosmo que fez Francisco de Assis dizer "irmão sol, irmã lua, irmão terra, irmão fogo". E São João da Cruz exclamar: "Meu Deus é o céu, minha é a terra, Deus é meu e tudo é meu".

Deus está lá onde os nossos olhos enxergam. É um erro pensar ue ele estava mais presente ontem do que hoje, que falava mais ontem do que amanhã. Ele, sendo amor, não é passível de mais ou de menos. Será sempre o máximo e vai se doar sempre a quem a ele se doa totalmente. Os puros, que têm mais simplicidade no coração, são felizes, pois conseguem ver Deus onde outros não encontram nada.

Vou terminar com uma história, para você refletir um pouco mais. Uma jovem deu um botão de rosa a um bêbado na calçada. Ele jogou a rosa fora e não reconheceu nela nenhum valor. Se a rosa é oferecida a uma criança, ela arranca as pétalas e também não dá nenhum valor. Oferecida à mãe, ela chora. Ofertada a um contemplativo, ele conta a beleza de Deus. As rosas, as pessoas, segundo como são olhadas e contempladas, falam-nos de Deus. Se você não enxerga Deus na criação, nas pessoas, não é porque Deus não está, mas porque seus olhos estão doentes. Coloque o colírio da fé, da esperança e do amor e enxergará Deus nos outros e em toda criação.

Texto escrito por frei Patrício Sciadini, ocd

Apenas uma observação que eu gostaria de fazer quanto ao texto. Não é correto generalizar os cientistas como desafiadores de Deus. A ciência é importante, todos sabemos. Mas ela precisa estar andando em harmonia com a religião. E para todas as profissões... Que entendam que Deus está acima de tudo. E que precisamos dele. Achei muito bonito este texto, por isso resolvi compartilhar. Espero que ele possa ajudar em sua reflexão.

Um forte abraço
Rodolfo