sexta-feira, 8 de abril de 2011

Lógica por Jaques Maritain

A Lógica estuda a Razão como instrumento do conhecimento. Para estudar qualquer instrumento complexo, uma máquina agrícula, por exemplo, não começaríamos por experimentar seu funcionamento, procurando como nos servir dela DE UMA MANEIRA CORRETA e sem danificá-la? Do mesmo modo, deveremos antes de tudo determinar como nos servir da razão de maneira correta, isto é, conforme à natureza do raciocínio e sem prejudicá-lo. Daí o primeiro problema: Quais são as regras que precisamos para raciocinar corretamente?

Depois disso, não iríamos nós estudar a máquina em questão, não mais por pura experiência, mas na sua aplicação na própria matéria que ela deve trabalhar, procurando como nos servir dela não somente de uma maneira correta, mas ÚTIL E EFICAZ? Portanto, do mesmo modo será necessário que examinemos o racioncínio em sua aplicação nas coisas, fazendo a pergunta: Em que condições o raciocínio é não somente correto, mas também verdadeiro e demonstrativo, e faz adquirir a ciência?

A escola de Aristóteles e de Santo Tomás ensina que a verdade não é impossível nem fácil, mas difícil de ser atingida pelo homem. Ela se opõe assim radicalmente ao cepticismo e ao racionalismoa. Vê, na abundância dos erros formulados pelos homens e em particular pelos filósofos, um sinal da debilidade de nosso espírito, mas um motivo, para amar ainda mais a inteligência e para apegar-se com mais rigor à verdade, e até um meio de fazer progredir o conhecimento (pelas refutações e elucidações que tais erros exigem de nós). De outro lado, compreende que a razão é o nosso único meio natural de entrar em posse da verdade, contanto que seja formada e disciplinada: em primeiro lugar e antes de tudo pela própria realidade, porque não é nosso espírito que mede as coisas, mas as coisas que medem nosso espírito; em seguida, por mestres, porque a ciência é uma obra coletiva, não individual, e só pode ser edificada pela continuidade de uma tradição viva; enfim, por Deus, se lhe aprouver ensinar aos homens e outorgar aos filósofos a norma negativa da fé (e da teologia).

Outros conceitos de filosofia pelo Livro de Jaques Maritain.

Que é que chamamos de "inteligível"? É aquilo que é cognoscívle pela inteligência. Dizer, porém, que a inteligência tem o ser como objetivo necessário e imediato e que conhecer verdadeiramente, não será dizer precisamente que o ser como tal é objetivo verdadeiramente cognoscível à inteligência, isto é, é inteligível? E dizer que o ser como tal é inteligível não é dizer que a inteligibilidade acompanha o ser ou que tôda coisa é inteligível na mesma medida em que é? Diremos, portanto, O SER COMO TAL É INTELIGÍVEL; TÔDA COISA É INTELIGÍVEL NA MEDIDA EM QUE É.

A essência: Consideramos o ser do ponto-de-vista da INTELIGIBILIDADE, ou por outra, consideramos o ser enquanto apto a entrar no espírito, ou a ser apreendido pela inteligência. É o ponto-de-vista mais universal em que nos poderemos colocar, pois sabemos que o ser como tal é inteligível, e portanto que a inteligibilidade é tão vasta quanto aquilo que é ou pode ser.

Convenhamos em chamar de ESSÊNCIA ao dado primeiro da inteligência dêste ponto-de-vista.

Essência em sentido lato é aquilo que tal idéia põe imediatamente ante a inteligência.


SER :

- AQUILO QUE É: ESSÊNCIA
- ATO DE SER: EXISTÊNCIA

A essência de uma coisa é o que esta coisa é necessariamente e primeiramente a título de princípio primeiro de inteligibilidade.

Nossa inteligência pode conhecer as essências das coisas.

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A arte é, como ensina Santo Tomás, uma virtude do intelecto prático, e como se distingue ao mesmo tempo das virtudes especulativas (inteligência dos princípios, ciência, sabedoria), e das virtudes morais, principalmente da prudência; em seguida, como é preciso dividir a arte e classificar as diversas artes; enfim, quais são os princípios supremos e as condições próprias - mas somente da ordem mais geral e elevada - das artes que têm por objetoa beleza (belas-artes) e que por isso ocupam um lugar transcendental entre as outras artes.

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Conclusões finais:

<> Filosofia tomista (moral da beatitude ou do soberano bem)
- O homem é ordenado a um fim último que não é ele mesmo; este fim último é Deus.

<> Sistemas de moral que degradam o homem
- O homem é ordenado a um fim último que não é ele mesmo a este fim último é algo de criado

(hedonismo, epicurismo, utilitarismo, etc.)

<> Sistemas de moral que divinizam o homem
- O homem não é ordenado a nenhum outro fim último que não seja ele mesmo, ou porque sua própria virtude é seu fim último (estoicismo), ou porque sua própria bondade não depende de nenhum bem para o qual seria ele feito (kantismo).

terça-feira, 5 de abril de 2011

Oração Antes de Ler a Bíblia

Meu Senhor e meu Pai!Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra!Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas.Faze, Ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna.Amém.