terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dogma

Boa tarde a todos.

Hoje venho escrever sobre Dogma.

Dogma é uma palavra grega. Etimologicamente exprime pensamento, princípio ou doutrina. Tem sua origem na palavra dokein, que significa "o que nos parece bom", e também "pensar, opinar". Essa raiz grega também compõe outras palavras como, por exemplo, ortodoxia (opinião ou doutrina correta, pois orthós significa reto, correto), heterodoxia (doutrina contrária, em que hétero quer dizer outro, distinto, contrário) e paradoxo (opinião contrária à comum).

O dicionário de Teologia (Loyola, 1970) nos diz que o termo dogma provém do ambiente filosófico e jurídico. Na filosofia, os princípios transmitidos pelas escolas filosóficas eram chamados de dogmata (em latim foi traduzido por "decreto"). No âmbito jurídico, dogma era utilizado para referir-se ao ensinamento de uma autoridade legítima, sendo muitas vezes utilizado como sinônimo de lei, decreto ou disposições.

Essa palavra foi incorporada pela Igreja. No Novo Testamento, Paulo utiliza a palavra dogmata para se referir às prescrições e às leis do Antigo Testamento (Ef 2, 14-15). Os padres da Igreja adotaram a palavra dogma como sinônimo de "artigo de fé, de doutrina proclamada solenemente" (Inácio de Antioquia). No Concílio Vaticano I (1869-1870), a palavra dogma ganhou o significado que hoje conhecemos.

Hoje a Igreja entende que o dogma é o pronunciamento formal definitivo e infalível das verdades da fé e da moral, proclamados pelo Magistério da Igreja, ou seja, o Papa ou o Concílio Ecumênico com o Papa (Código de Direito Canônico, 749). De uma forma mais simples e pedagógica, o Catecismo da Igreja Católica definiu os dogmas como "luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro" (CIC 89).

Fonte: Pe. Maciel M. Claro - Revista Ave Maria

Para mais informações sobre os Dogmas Católicos acesse o link abaixo:

http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/juberto/20.htm

Um forte abraço

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Dignidade

Olá a todos !!!

Quero aproveitar o momento para escrever um pouco sobre dignidade.

Essa é uma palavra que muitas vezes já me fez parar para pensar em seu significado.

Abaixo veja o Significado de Dignidade pelo dicionário Aurélio:

s.f. Qualidade de quem é digno; nobreza; respeitabilidade. / Cargo ou título de alta graduação. / Respeito que merece alguém ou alguma coisa: a dignidade da pessoa humana.

Agregando, dignidade vem do latim dignitate e pode ser definida como honradez, honra, nobreza, decência, respeito a si próprio.

Por diversas vezes já escutei conversas dizendo; eu não faço algumas coisas, pois tenho dignidade!

Abaixo algumas frases do Catecismo da Igreja Católica

356: "Que motivo vos fez constituir o homem em dignidade tão grande? O amor inestimável pelo qual enxergastes em vós mesmo vossa criatura, e vos apaixonastes por ela; pois foi por amor que a criastes, foi por amor que lhe destes um ser capaz de degustar o vosso Bem eterno".

"Por ser à imagem de Deus, o indivíduo humano tem a dignidade de pessoa: ele não é apenas alguma coisa, mas alguém. É capaz de conhecer-se, de possuir-se e de doar-se livremente e entrar em comunhão com outras pessoas, e é chamado, por graça, a uma aliança com seu Criador, a oferecer-lhe uma resposta de fé e de amor que ninguém mais pode dar em seu lugar." CEC 357.

Deus criou tudo para o homem, mas o homem foi criado para servir e amar a Deus e oferecer-lhe toda a criação.

O homem é grande e admirável figura viva, mais precioso aos olhos de Deus.

É a salvação dele que Deus atribuiu tanta importância que nem sequer poupou seu Filho único em seu favor.

Em Gn 2,7 mostra que o homem em sua totalidade é querido por Deus.

"Corpore et anima unus" (Uno de alma e corpo)

A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual.

Alma designa o que há de mais íntimo no homem e no que há nele de maior valor, aquilo que mais particularmente o faz ser imagem de Deus: "Alma" significa o princípio espiritual no homem.

O corpo do homem participa da dignidade da imagem de Deus, não é, portanto, lícito ao homem desprezar a vida corporal; ao contrário, deve estimar e honrar seu corpo, porque criado por Deus e destinado à ressurreição no último dia. Catecismo da Igreja Católia 364

A alma é imortal.

Por fim, venho deixar uma reflexão: Será que nossas atitudes são dignas de filhos de Deus? Quais as atitudes que nos dignificam ser filhos de Deus?

Deus nos deixou os ensinamentos, mandamentos, mas a dignidade da morada eterna, depende de Cristo pela nossa preparação no dia do juizo final.

I Coríntios 6, 12, A mim tudo me é permitido, mas nem tudo me convém.

Obrigado

domingo, 1 de agosto de 2010

O amor [Fabio de Melo]

"O mundo começa na palavra que dizemos. A próxima palavra a ser proferida é sempre a nova oportunidade que recebemos de mudar a história. Palavras possuem o poder de mover as estruturas. Por meio delas vivemos o processo da "metanóia", palavra de origem grega que significa "mudança de mentalidade". Uma mudança só é consistente se, de fato, a palavra alcançou as profundezas da mentalidade. Nenhum comportamento será modificado se a mente que o produz não estiver verdadeiramente transformada. Mudar de mentalidade é assumir um novo jeito de interpretar os fatos, as pessoas e o mundo. Por isso as palavras são ditas, são escritas. Para que tenham o poder de transformar as mentalidades. A palavra pode ser simbólica ou diabólica. Depende do contexto e da forma como é dita. Símbolo é tudo aquilo que estabelece vínculo e que favorece alguma forma de compreensão. Diabólico é tudo o que corta o caminho e favorece a perda do rumo, a separação, a distância. O símbolo encurta as distâncias, porque estabelece pontes. Por ele torna-se possível uma travessia que nos favorece alcançar outros lugares. Já o diabólico intrinca a compreensão, torna difícil chegar ao lugar a que nos propusemos. As palavras de Jesus são simbólicas o tempo todo. Há sempre um ensinamento que extrapola o significado das palavras. As palavras são sempre pontes. O principal era a travessia que elas poderiam favorecer. Havia sempre um algo a mais, um lugar mais profundo a ser alcançado. Nossas relações cotidianas também são construídas dessa forma. O tempo todo, conscientes ou não, estamos estabelecendo pontes com as pessoas que encontramos, isto é, estamos sendo simbólicos; ou então estamos destruindo os lugares de travessia, criando assim distâncias, assumindo assim a condição de diabólicos. Fato é que somos imperfeitos, mas não estamos condenados a ser vítimas de nossa imperfeição, uma vez que a beleza da vida está em descobrir o movimento que pode diminuir as consequências do que em nós é imperfeito. O outro também não está condenado a morrer com seus defeitos. Dessa forma, num encontro de imperfeitos, nasce um desejo concreto de juntos lapidarem suas humanidades, na busca de uma harmonia que podemos chamar de amor." (Pe Fabio Melo)